Segundo a Xpeng, rival chinês da Tesla na fabricação de veículos elétricos, apenas até 10 montadoras restarão após a luta para promoção desses veículos.
A China é sede de várias empresas que embarcaram no mercado dos carros elétricos, sendo a Xpeng uma das maiores. Brian Gu, vice-presidente da empresa, sediada em Guangzhou, disse que as empresas chinesas precisam vender pelo menos 3 milhões de veículos por ano para resistirem a concorrência voraz, somado as vendas internas e exportações.
Se a previsão de Gu estiver certa, o desafio é realmente grande. Como comparação, a maior montadora do mundo é a Toyota e vendeu 10,5 milhões de veículos em 2022, incluindo veículos elétricos ou não, enquanto a Tesla, maior fabricante de veículos elétricos, exclusivamente elétrica, vendeu 1,3 milhão.
Essa previsão foi dada em momento chave para a indústria automobilística da China, isso porque ela está prestes a ultrapassar o Japão como o país que mais exporta carros. Ano passado ela ultrapassou a Alemanha, que tem muitas fabricantes reconhecidas mundialmente, como a Volkswagen, Porsche, BMW, Mercedes-Benz e Audi.
Junto do aumento no poder de exportação de veículos, porém, está em andamento um embate interno na China. Com a recente expansão no mercado de elétricos, surgiram muitas fabricantes de baixo custo no país, o que iniciou uma verdadeira guerra de preços. Com isso, as fabricantes com menos poder aquisitivo passam por um grande desafio para se manterem.
Sobre esse mercado, Brian Gu disse ao Financial Times que “Para estar naquele ‘clube dos 3 milhões’, você não pode ser um jogador apenas da China, você tem que ser um jogador global. Achamos que, nesse cenário, talvez quase metade do seu volume venha de fora da China” , “Em cinco a 10 anos, será um mercado muito mais concentrado. Penso que o número de jogadores provavelmente será reduzido para menos de 10 no cenário global”.
A Xpeng ficou na décima segunda colocação nas vendas de veículos elétricos na China no primeiro trimestre de 2023. A empresa teve queda de 48% dos veículos vendidos nesse período em comparação com o ano passado, coincidentemente após a Tesla diminuir seus preços. Para acompanhar seu maior rival, a Xpeng também diminuiu até 13% do valor de seus veículos.
A empresa, que tem parceria com a gigante Alibaba, tem investido muito em direção autônoma e pretende expandir o mercado europeu ainda esse ano, porém não planeja fazer o mesmo nos Estados Unidos por enquanto. Isso certamente é um reflexo da relação entre EUA e China atualmente, que não é das melhores politicamente.
Porém, mesmo que os veículos elétricos chineses tenham grande parte de suas peças fabricadas no próprio país, peças importantes como os semicondutores, são comprados de marcas americanas, como Qualcomm e Nvidia. Essa dependência traz receio ao mercado local quanto novas restrições dos EUA para a venda de tecnologias à China.
Sobre esse assunto, Gu disse que “Até agora, nenhuma das nossas parcerias foi afetada por qualquer barulho político”, e completa dizendo que caso isso aconteça, “toda a indústria chinesa encontrará uma solução”.
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