O Brasil vendeu 93.927 veículos eletrificados (elétricos e híbridos) em 2023, contra 49.245 em 2022, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). O aumento de 91% demonstra que o segmento está ganhando a confiança do brasileiro, impulsionada com a chegada recorrente de novos modelos baratos de montadoras como a BYD, da China.
Falando nisso, a China investe pesado no Brasil para popularizar seus eletrificados por aqui. Os principais motivos disso é que além de possuirmos grande mercado automotivo, somos ricos em lítio, principal componente da fabricação das baterias dos veículos eletrificados. Segundo Ricardo Bastos, presidente da ABVE, 2023 foi essencial para a implementação do segmento entre os brasileiros, e 2024 promete consolidar o segmento, que tem pretensão de chegar até no transporte público.
Segundo Bastos, em 2023 os eletrificados foram responsáveis por cerca de 5 por cento das vendas de veículos. Segundo ele, o bom momento da categoria em nosso país também pode ser responsabilizado pelo comunicado de que o imposto para importar esses veículos retornaria em 2024, fato que aconteceu já no primeiro mês. Então para evitar o aumento do preço, muitos brasileiros compraram seus novos veículos eletrificados ainda nos últimos meses de 2023.
China domina mercado mundial de elétricos
Há pouco tempo a BYD passou a Tesla como líder global de carros elétricos e mantém o sucesso no Brasil. A principal resposta para o domínio chinês são os menores preços, onde no Brasil oferta carros por valor aproximado de R$ 150 mil. “Não é segredo que os chineses dominam o setor de elétricos, o que foi intensificado no mercado. BYD e GWM observaram e souberam explorar o espaço dos consumidores”, informa Ricardo Bastos.
Em julho de 2023, a BYD comprou a fábrica da Ford em Camaçari, Bahia, por R$ 3 bilhões, iniciando sua primeira produção fora do país sede. Já a GWM usará uma fábrica antiga da Mercedes-Benz, localizada em Iracemápolis, São Paulo, e irá estrear 50 lojas no Brasil.
Como dito anteriormente, ter forte presença em um país rico em lítio, como o nosso, é um dos requisitos para a manutenção da China na liderança no mercado dos elétricos. Atualmente ela tem seis das dez maiores empresas de baterias para veículos eletrificados. Além de tudo, o mercado flexível e potente do Brasil é um potencializador para a China sentir menos os efeitos do protecionismo dos Estados Unidos contra seus produtos.
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