O Telescópio Espacial Nancy Grace Roman é uma das grandes apostas para o futuro próximo da observação espacial.
Esse é um projeto da NASA que usa infravermelho para descobrir planetas fora do sistema solar, estrelas, objetos e até novas galáxias. A previsão de lançamento do “Roman” é para 2026 ou 2027 e um dos diferenciais dele para o Hubble ou mesmo James Webb, é seu campo de visão mais amplo. Essa característica irá possibilitar o registro de mais planetas, estrelas e galáxias em uma só imagem.
O Telescópio Espacial Roman foi batizado em homenagem a Nancy Grace Roman, cientista pioneira da NASA. Ela foi astrônoma-chefe entre 1961 a 1963 e faleceu em 26 de dezembro de 2018, aos 93 anos. Grace Roman é conhecida como a mãe do Hubble, pois ela persistia que os astrônomos necessitavam de melhores ferramentas para estudar o universo amplo. Essa persistência foi um dos principais fatores para o desenvolvimento do Telescópio Espacial Hubble, em 1990.
O peso do telescópio Roman será de 4.166 kg e ele deve transportar carga útil de 2.191 kg. Seu espelho primário tem diâmetro de 2,4 metros, mesmo tamanho do espelho primário do Hubble, porém o peso é 186 kg, cerca de 1/4 do espelho do Hubble.
Esse telescópio tem formato de barril, com isso a luz indesejada do sol será bloqueada. Assim, ele poderá investir a energia escura do universo com mais facilidade. A energia escura é cerca 68% do total da matéria do universo, porém até hoje os cientistas não sabem ao certo o que existe nela. Por esse motivo, uma das principais missões do telescópio Roman é justamente investigar o conteúdo da matéria escura.
Por sua ampla capacidade no registro de imagens, ele irá mapear o universo para detalhar sua expansão desde seus 500 milhões de anos, que corresponde aos 4% da idade atual. As primeiras aparições de energia escura serão analisadas por brilho, distâncias das supernovas e explosões no fim das vidas de estrelas.
Outras missões desse super telescópio serão a descoberta de planetas e objetos nas margens do sistema solar.
Samson A. Johnson, pós-doutorando do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, explicou ao Space.com um pouco sobre o Telescópio Espacial Espacial Nancy Grace Roman:
“Roman vai nos ensinar sobre exoplanetas de duas maneiras. Primeiro, uma de suas Pesquisas Comunitárias Centrais foi projetada para detectar eventos de microlentes. Esses eventos são o alinhamento extremamente raro e quase perfeito de um objeto em primeiro plano e uma estrela de fundo, que é por que precisamos do grande campo de visão de Roman para monitorar esses eventos raros” , “A massa do objeto em primeiro plano dobra o espaço de tal forma que amplia a luz vinda da estrela de fundo, aumentando temporariamente seu brilho. Se houver planetas orbitando a estrela da lente, eles causarão desvios na ampliação que indicarão sua presença.”.
Tanto o Telescópio Espacial Nancy Grace quanto o Telescópio Espacial James Webb trabalham com ondas de infravermelho. A diferença é que o Webb tem um campo de visão menor e mais detalhado. O telescópio Roman irá cobrir uma área mais ampla do universo, onde um será como um complemento do outro.
Seu desenvolvimento é feito principalmente pelo Goddard Space Flight Center da NASA, com ajuda do Jet Propulsion Laboratory (JPL), do Infrared Processing and Analysis Center e do Space Telescope Science Institute.
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