A Eve, empresa com origem na Embraer por meio do laboratório de pesquisas, com nome de EmbraerX, busca homologação de seu eVTOL (aeronave de decolagem e aterrissagem vertical elétrica) para iniciar os voos provavelmente em 2026.
Por conta das pesquisas intensas no ramo, o Brasil é um dos maiores candidatos a iniciarem a nova era de mobilidade urbana, onde as aeronaves elétricas deverão transportar pessoas em trajetos curtos. Sobre isso, André Stein, que é co-CEO da Eve, disse que “O que posso dizer é que vai acontecer em algum lugar das Américas, mas o Brasil está muito bem posicionado”.
O início da produção desse carro voador não está longe. A empresa já deu entrada na homologação de seu eVTOL na ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), que já tem 2770 pedidos para módulo de produção feitos pelo mundo, dos quais, mais de 200 foram feitos no Brasil.
Stein tem longa carreira na Embraer, onde é engenheiro por mais de 25 anos. Ele atuou principalmente em vendas e marketing estratégico, com foco em atrair clientes da Ásia e foi responsável por estabelecer a aeronave E2, que é uma das principais da Embraer.
O desafio para liberação do eVTOL para realizar voos é grande e o tempo é curto. Para isso, Stein conta com Jerry DeMuro, executivo oriundo da BAE Systems, empresa aeroespacial estadunidense. Além das certificações frente aos órgãos reguladores, a empresa precisa criar toda uma infraestrutura de fabricação e manutenção dessas aeronaves, além de um dos principais fatores, desenvolver rotas para o tráfego aéreo urbano que sejam viáveis e seguras
O conceito desse eVTOL está em estado avançado, onde o design e tecnologias a serem usadas já foram decididas. Nesses quesitos, a Eve precisa selecionar os fornecedores das peças que compõe a aeronave elétrica.
Dentre essas peças, as baterias são as que merecem mais atenção. Isso porque apesar delas serem feitas com íons de lítio, como as já usadas em carros elétricos, elas necessitam de maior densidade energética, o que as tornam bem maiores e pesadas.
Sobre isso, Stein informa ao Capital Reset que “Não precisamos de um salto de tecnologia para a bateria, mas tem uma questão de como ela vai ser montada para garantir uma série de atributos”. O co-CEO da Eve informa também que a vida útil dessas baterias tende a ser curta, com prazo médio de um ano, que é quando perdem grande parte do desempenho. Sobre isso, será necessário decidir o que fazer com essas baterias, onde uma das hipóteses citadas por Stein é utilizá-las em vertiportos.
Custos de voo com o eVTOL da Eve e saúde financeira da empresa
Quanto aos custos dos voos nesse eVTOL da Eve, Daniel Moczydlower, CEO do EmbraerX disse para a Startse que eles irão partir de R$ 50 e podem ir até R$ 200. Os valores são baixos porque manter um eVTOL é bem mais barato do que manter um helicóptero, por exemplo.
A Eve está bem financeiramente, pois segundo o co-CEO, ela levantou US$ 370 milhões no IPO feito com fusão com um fundo listado na bolsa em dezembro de 2021. Em setembro do ano passado, a United Airlines se tornou acionista, com investimento de US$ 15 milhões. Além disso, o BNDES emprestou US$ 90 milhões, também em 2022, com juros reduzidos para o desenvolvimento de tecnologia.
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