A China se tornou alvo de críticas depois que um foguete Long March 6A explodiu durante voo e virou lixo espacial na órbita baixa da Terra. Esse foguete transportava um satélite de observação oceânica e teve falha, que o deixou desgovernado pouco antes da explosão. Ele virou mais de 50 pedaços que estão órbita baixa da Terra, no dia 12 de novembro.
A Força Espacial dos Estados Unidos indicou que esses pedaços se encontram em uma área que vai de 500 até 700 quilômetros de altura. Mao Ning, porta-voz de Pequim relatou ao The New York Times que as chances desses fragmentos ameaçarem as estações espaciais ISS ou Tiangong são mínimas, pois estão muito baixos. Ela não deu mais detalhes, porém essa segurança não vale para os satélites da Starlink, pois eles se encontram em altura próxima aos restos do foguete chinês.
O modelo de foguete Long March 6A é um dos mais seguros utilizados pela China, tem custo de fabricação baixo e é composto por 3 partes que usam querosene como combustível. Ele é programado para que sua parte superior retorne a Terra com a intenção de que seja transformado em fragmentos mínimos ao atingir a atmosfera.
As análises atuais apontam duas hipóteses mais aceitas para justificar a explosão do foguete chinês. A primeira delas seria uma falha do próprio veículo e a segunda seria a colisão dele com lixo espacial. Contudo, existe uma terceira hipótese, que acusa a China de ter planejado a explosão de seu foguete para atrapalhar a implementação dos satélites Starlink e consequentemente, sua rede.
Os estudos atuais calculam que há em torno de 30 mil detritos orbitando a Terra atualmente. Esses detritos tem como origem desde satélites, até fragmentos de foguetes com tamanhos diversos, que partem de 1 mm e chegam a vários metros.
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