O terceiro executivo-chefe e CEO da Microsoft, Satya Nadella, disse que a empresa não teve boas escolhas quanto aos smartphones.
Nadella substituiu o ex-CEO Steve Ballmer em 2014, e uma das primeiras decisões importantes foi desistir do Windows Phone. Em 2015 ele negociou com a Nokia para amortizar US$ 7,6 bilhões da aquisição de seu setor de telefonia pela Microsoft e demitiu 7.800 funcionários, maioria ligada ao ramo de celulares.
O CEO acredita que as coisas poderiam ter sido diferente, em entrevista para a Business Insider, ele disse o seguinte:
“A decisão sobre a qual muitas pessoas falam – e uma das decisões mais difíceis que tomei quando me tornei CEO – foi a saída do que chamarei de telefone celular, conforme definido na época. Em retrospecto, acho que poderia ter havido maneiras de fazer isso funcionar, talvez reinventando a categoria de computação entre PCs, tablets e telefones.”
O lançamento da última linha com Windows Phone foi a Lumia 950, em outubro de 2015. Ela contava com o aparelho padrão e o 950 XL, ambos potentes para época. O último sistema móvel da empresa foi o Windows 10 Mobile, lançado em novembro de 2015 e descontinuado em dezembro de 2019.
A empresa ainda usou suas últimas forças para tentar se manter no setor de celulares. Em agosto de 2020 foram anunciados o Surface, aparelho convencional, e o Surface Duo, dobrável grande com duas telas independentes para multitarefa. Ambos foram lançados com Android e descontinuados em setembro de 2023, parando no Android 12 e 12L respectivamente e sem anúncios de novas gerações ainda.
Microsoft demorou investir no Windows Phone
A Microsoft demorou investir de verdade nos smartphones, apesar de que o Windows Mobile, e posteriormente Windows Phone, agradou muitos usuários pela interface similar ao desktop. Quando a Microsoft iniciou nesse mercado em 2010, o iOS, lançado com o iPhone em 2007, e o Android com o primeiro aparelho lançado em outubro de 2008, já o dominavam.
Por isso a base de usuários móveis da Microsoft era bem menor que a das concorrentes. Assim, a maioria de desenvolvedores não se interessou em converter suas aplicações para o Windows Mobile, o que limitou drasticamente sua biblioteca de apps.
Nadella não é o primeiro CEO a demonstrar descontentamento com as tomadas de decisão da empresa quanto seus smartphones. Em 2013, Ballmer disse que se arrependia em não ter se concentrado nos celulares antes. Da mesma forma, o fundador da empresa, Bill Gates, disse que seu maior erro de todos os tempos foi deixar com que a Microsoft perdesse para o Android, comprado em 2005 pelo Google por US$ 50 milhões.
Eric Shmidt, ex-CEO da Alphabet, mantenedora do Google, admitiu em 2012 que o primeiro objetivo da compra do Android era superar os passos iniciais da Microsoft no mercado mobile.
Microsoft foca em apps para sistemas móveis
Atualmente a Microsoft se concentra em distribuir versões compatíveis de suas aplicações quanto ao mercado móvel. Ela atualiza com frequência o Phone Link, usado para sincronizar celulares Android e iOS com o Windows, além de manter boa relação com a Samsung para assegurar que os apps do Office sejam instalados de fábrica nos aparelhos da fabricante.
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