Se você gosta de acontecimentos espaciais, certamente acompanhou um dos maiores eventos da NASA em 2022, que foi a colisão da nave DART no asteroide Dimorphos.
Os cientistas planetários envolvidos nesse grande evento disponibilizaram as descobertas feitas até o momento sobre o impacto. A espaçonave DART se chocou contra o pequeno asteroide Dimorphos dia 26 de setembro de 2022, realizando a primeira tarefa teste de defesa da Terra em caso de colisão iminente por asteroide.
A missão foi um sucesso e os cientistas informaram que o período orbital do Dimorphos sobre Didymos, o asteróide maior e que impõe força gravitacional sobre ele, acelerou de 11 horas e 55 minutos para 11 horas e 22 minutos. Isso significa que o tempo para que Dimorphos realize uma volta completa em Didymos foi reduzido em 33 minutos após o impacto da nave DART.
Essa aceleração foi divulgada por cientistas responsáveis pela missão em dezembro de 2022 na reunião anual da União Geofísica Americana em Chicago, Estados Unidos. Esse número pode sofrer alteração para mais ou para menos segundo Cristina Thomas, cientista planetária da Universidade do Norte do Arizona e que lidera o grupo que observa a missão DART.
Um fato que demonstra a dimensão do impacto da espaçonave no asteroide Dimorphos foi divulgado por Carolyn Ernst, cientista planetária do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Jhons Hopkins e também cientista de instrumentos da DART. Segundo ela, o impacto resultou em 11 gigajoules de energia. Para se ter noção da intensidade, uma tonelada de TNT gera em torno de 4 gigajoules.
Corlyn Ernst também está em um projeto para análise mais detalhada do impacto. Ela e sua equipe calcularam que DART voou em sentido 73 graus acima da superfície local. “Portanto, não muito vertical, mas bem próximo”, disse Ernst. Essa é uma análise muito válida pois o ângulo em que o impacto é feito influencia na mudança da trajetória de um asteroide.
Para realizar uma análise profunda desse evento talvez seja necessário esperar até além de 2026. Isso porque apenas no fim desse ano em questão será possível observar os destroços do impacto. Essa observação irá acontecer por meio da missão Hera, da Agência Espacial Europeia, que irá enviar uma espaçonave ao sistema Didymos.
Ao contrário de DART, que já chegou colidindo em Dimorphos, a espaçonave Hera está sendo projetada para ficar um tempo próxima dos dois asteroides junto de mais duas mini espaçonaves caroneiras que irão auxiliar na coleta de dados.
Mesmo sem os dados precisos da espaçonave destroçada, Carolyn Ernst e equipe mapearam o impacto no asteroide. Esse mapeamento foi feito com auxilio da ultima foto enviada por DART e dados da trajetória próxima do impacto.
Na foto acima são mostrados mais de 950 rochas, sendo que duas são realmente grandes, segundo Ernst. A maior delas tem aproximadamente 6 metros e meio de diâmetro e ambas estão no centro da foto acima, que é a última enviada por DART e é o provável ponto de impacto da nave.
“O primeiro ponto de contato foi provavelmente aquele painel solar com a pedra número dois; foi a primeira coisa que atingiu” – “E então parece que a segunda asa provavelmente atingiu a pedra número um pouco antes de o ônibus (corpo de DART com 1,3 metro de diâmetro) bater no meio.” disse Ernst.
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