Segundo notícia do jornal The Washington Post, a Meta contratou a Targeted Victory, uma conhecida agência de consultoria dos Estados Unidos, para soltar notícias falsas, com o intuito prejudicar a plataforma TikTok. Essa plataforma é concorrente direto de Facebook e Instagram, os quais a Meta é dona e o Mark Zuckerberg é CEO. Esse trabalho da consultoria é para manchar a imagem do aplicativo nos Estados Unidos e com isso, trazer parte do público de volta para as plataformas da Meta, pois com a crescente popularização do TikTok, principalmente o Facebook vem perdendo muitos usuários ativos.
Segundo os e-mails, artigos de opinião foram enviados aos principais meios de comunicação locais com histórias duvidosas sobre as tendências e desafios do TikTok. Esses artigos relatam que os conhecidos desafios e demais conteúdos consumidos pelos jovens no aplicativo são um perigo para a sociedade como um todo. A campanha visa chamar a atenção da população e também influentes na política para que propaguem a ideia de que o aplicativo precisa ser boicotado imediatamente.
A questão é que um dos casos com mais visibilidade que a Targeted Victory teve no trabalho para a Meta, foi de espalhar a notícia sobre o “Desafio TikTok do Tapa no Professor”. Segundo as notícias veiculadas em 2021, o desafio teve início no TikTok e logo viralizou, onde alunos deviam dar um tapa no rosto de um professor e postar na plataforma de vídeos. Com isso, logo muitos pais ficaram preocupados quanto o comportamento de jovens em contato com o aplicativo. Porém, uma série de publicações feitas no Facebook, que foi exposta pelo site insider.com, mostra que na verdade o desafio se iniciou pela plataforma da Meta.
Pelos conteúdo dos e-mails citados, a campanha tem além da função de diminuir a popularidade do TikTok, tirar o foco das dúvidas sobre privacidade e antitruste da Meta, que é muito questionada nos últimos tempos.
TikTok, o maior concorrente das plataformas da Meta, é de propriedade da ByteDance, com sede em Pequim na China. A preocupação dos administradores da Meta, é porque o concorrente tem um grande crescimento e em alguns momentos, vem sendo baixado nas lojas de aplicativos até mais que Instagram e Facebook.
Esse é mais um caso polêmico envolvendo a Meta, que ano passado enfrentou diversos problemas após a ex-funcionária Frances Haugen divulgar diversos documentos para comprovar sua tese de que o Facebook quer que os usuários fiquem na plataforma o mais tempo possível, à qualquer custo. Para isso, conteúdos que incitam ódio e polêmicas, mesmo que sejam falsas, tem mais visibilidade aos usuários.
Entre os documento divulgados por Frances Haugen, os pesquisadores do Facebook constataram que os adolescentes estavam gastando de 2 à 3 vezes mais tempo no TikTok do que no Instagram, e que o Facebook já não atrai mais os jovens.
Procurada pelo jornal, a empresa Targeted Victory não respondeu sobre o conteúdo dos e-mails. Apenas disse que representa a Meta há vários anos e está “orgulhosa do trabalho que fizemos”.
Um representante não identificado do Facebook, se manifestou sobre a reportagem: “Acreditamos que todas as plataformas, incluindo o TikTok, devem enfrentar um nível de investigação consistente com seu crescente sucesso”.
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