O rover Zhurong, da China, descobriu sinais da ação da água em Marte. A água influenciou em grande parte da superfície do Planeta Vermelho, inclusive na formação de dunas de areia, segundo os cientistas.
O mistério sobre a água em Marte é antigo e até hoje não sabemos se ela existiu ou existe por lá. Porém essa informação trazida pelo rover Zhurong mostra que pelo menos no passado, ela foi abundante e influenciou na geologia do planeta.
Um dos fatores que mais contém dúvidas sobre a possibilidade da humanidade viver em Marte giram em torno da água, como por exemplo a quantidade que existia ou existe; se sumiu, qual o motivo e seu estado prevalente.
Em busca dessas respostas, o rover Zhurong utilizou seus instrumentos de análise ótica e química para observar fissuras nas rochas e solo em geral das dunas contidas na região Utopia Planitia. Por suas características, essas fissuras foram criadas conforme a água congelava e derretia nesse ambiente.
Também foi encontrada uma superfícia abundante em sulfatos hidratados, sílicas hidratadas, óxidos ferrosos e cloreto. Com isso os cientistas acreditam que as dunas de Utopia Planitia seria tomada por água entre 1,4 milhão e 400 mil de anos atrás.
Para onde foi a água de Marte?
A teoria mais aceita atualmente entre os cientistas é que Marte teve grande parte de sua superfície tomada por água, porém a perda de seu campo magnético fez com que os ventos solares a espalhasse pelo Sistema Solar.
Pelos estudos sobre o Planeta Vermelho existentes, essa perda do campo magnético aconteceu cerca de 4 bilhões de anos atrás, quando o Sistema Solar ainda era considerado jovem (ele tem 4,5 bilhões de anos). A perda da água pode ter durado bilhões de anos ou até mesmo, não ter sido concluída até hoje.
O Zhurong chegou ao planeta em 2021 e é o primeiro rover enviado pela China ao planeta. Ele tem instrumentos de análise ótica e química, Câmera de Navegação e Terreno, Câmera Multiespectral e Detector de Composição da Superfície Marciana. Os resultados da pesquisa foram mostrados pela Science Advances.
Após ter um bom resultado durante período em atividade, o rover chines atualmente apresenta dificuldade em retornar da hibernação de 9 meses, e os cientistas não sabem ao certo se isso será possível.
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