Entre abril e maio desse ano, a startup Precision Neuroscience, de Nova York, realizou implantes de chip cerebral pelo período de 15 minutos cada um.
Essa startup não é tão conhecida como a Neuralink, empresa de Elon Musk e que conseguiu autorização da FDA para iniciar seus testes em humanos recentemente. Seu implante cerebral também é diferente, sendo menos invasivo.
Os cirurgiões responsáveis pela implantação do chip em forma de uma fina tira são da Universidade de West Virginia, e aproveitaram pacientes que já estavam no hospital para realizarem cirurgias para remoção de tumores no cérebro.
Durante os 15 minutos em que os chips ficaram implantados com eletrodos padrão, foi possível mapear a atividade elétrica em parte dos lobos temporais dos pacientes, o que facilita processar a entrada sensorial. Esse período em que os implantes estiveram ativos nos pacientes, apesar de curto, é um grande passo para a Precision no desenvolvimento de computadores cerebrais, que deve ser capaz de interligar os cérebros humanos com dispositivos externos.
“Esta é a primeira vez que nossa tecnologia chega a pacientes humanos”, disse Benjamin Rapoport, diretor científico e cofundador da Precision, com informações do portal Wired. A Neuralink ainda não realizou os implantes de seus chips cerebrais em humanos, e para poder fazer isso, passou por um longo período de análise da FDA (Food and Drug Administration), pois para a implantação de seus chips nos cérebros humanos, é necessário uma cirurgia invasiva e que envolve grandes riscos.
Como o implante cerebral da Precision é pouco invasivo e acarreta em pequenos riscos aos pacientes, a startup não precisou de permissão da FDA para realizar o procedimento. Tanto a implantação do chip, quanto a remoção, foi realizada de forma tranquila. Mesmo assim, para fazer testes avançados, como os necessários para o desenvolvimento de computadores cerebrais, é necessário de autorização da agência federal.
Para prosseguir com esse projeto, segundo Rapoport, a Precision irá solicitar permissão da FDA para usar seu chip em mapeamento cerebral e outros diagnósticos, com a alegação de que esse dispositivo é menos invasivo que os tradicionais.
Após isso, a startup pretende ampliar as atividades para ajudar pessoas com paralisias e com problemas em movimentação a se comunicarem e se movimentarem melhor. “Estamos à beira de uma nova geração de interfaces mais significativas que nos permitem restaurar a função ou a mobilidade de pacientes com deficiência”, disse Peter Konrad, presidente de neurocirurgia do Rockefeller Neuroscience Institute da Universidade de West Virginia, e que está envolvido no projeto da Precision.
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