As plataformas de streaming pagas revolucionaram a forma como consumimos filmes, séries e documentários. Essa indústria cresceu muito na última década, onde além da pioneira Netflix, vimos o surgimento de grandes plataformas como Prime Video, Apple TV, HBO Max e Disney Plus.
O streaming pago é a maior forma de concorrência que o cinema e Hollywood enfrentaram até hoje, pois a comodidade e liberdade que ele proporciona agradou de primeira. Depois de muitos anos de conforto, agora é a vez do streaming pago enfrentar seu primeiro grande concorrente, o streaming grátis monetizado com anúncios.
Isso acontece porque as plataformas de streaming pago, como Netflix, Prime Video e afins, alcançaram um enorme número de clientes pelo mundo e agora crescem de forma bem mais lenta do que três ou quatro anos atrás, mesmo com investimentos nas plataformas, catálogos e divulgação. Isso é compreensível, pois o aumento na concorrência e a adesão massiva em poucos anos fez com que grande parte das famílias mais interessadas nesse tipo de serviço já sejam assinantes, além dos constantes aumentos nas mensalidades.
Com isso, as plataformas de streaming grátis, como o Pluto TV (inclusive no Brasil), Tubi e The Roku Channel estão passando de uma mera opção aos serviços pagos, para uma boa opção. Alguns desses serviços já existem há um bom tempo e cresceram lentamente e de forma constante, como é o caso do Pluto TV, que iniciou em agosto de 2013 e alcançou 79 milhões de usuários ativos por mês em janeiro desse ano, segundo relatório da Paramount Global, sua dona.
Com essa grande quantidade de usuários ativos, o serviço consegue arrecadar milhões via anúncios, e com isso conseguiu aumentar muito o catálogo disponível. O mesmo vale para outras plataformas, como as citadas acima. Segundo previsão da nScreenMedia, os serviços de streaming gratuitos por anúncios irão movimentar US$ 4,1 bilhões só nos Estados Unidos em 2023.
Como o streaming gratuito com anúncios ameaça o streaming pago, como Netflix e Prime Video
Os serviços de streaming grátis não precisam convencer os usuários em pagarem mensalidade para consumir os conteúdos, apenas precisam convencê-los a assistirem o maior tempo possível para ganhar com anúncios. O diretor de conteúdo da Tubi, Alam Lewinson explica isso como “Parte do nosso trabalho, por meio de algoritmos e merchandising, é levar o conteúdo certo para o espectador certo, aprender sobre o que eles estão interessados e, então, atendê-los melhor.”.
Scott Reich, vice-diretor sênior da Pluto TV diz algo parecido, “Como somos patrocinados por anúncios, não temos um fluxo de receita duplo. Não aceitamos cartões de crédito, nunca aceitaremos – ganhamos dinheiro quando os espectadores consomem conteúdo.”.
Diferentemente dos serviços de streaming pagos, além dos conteúdos On Demand (Vídeo sob demanda), alguns serviços de streaming gratuitos monetizados por anúncios transmitem canais 24 horas, como os da TV convencional. Isso aconteceu porque os donos desses canais perceberam o aumento da popularidade do streaming grátis e os aderiram.
Essa categoria atualmente é conhecida como FAST (Free Ad-Supported Streaming Television / Televisão transmitida gratuitamente via anúncios) . Um bom exemplo de serviço que possui canais desse tipo é o Pluto TV, que reúne diversos canais do Brasil e também internacionais.
A batalha entre o streaming pago e streaming gratuito está apenas no início, e quem tende a ganhar é o usuário.
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