O Japão é mais um país que pretende entrar com tudo na corrida espacial e lança a missão SLIM (Smart Lander for Investigating Moon / Pousador Inteligente para Investigação da Lua) e aproveita lançamento para uma segunda missão.
Imagem: JAXA
Após o recente pouso com sucesso da missão Chandrayaan-3 pela Índia na Lua, que a tornou o 4º país do mundo a conseguir o feito, o Japão, por meio da Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA), deseja pousar no satélite natural e ser o 5º país nessa empreitada. O lançamento da SLIM aconteceu na quarta-feira (06/09) às 20h42 (horário de Brasília), por um foguete H-IIA F47, da Mitsubishi. Ela se desacoplou do foguete após 47 minutos da decolagem e deverá chegar à Lua até em fevereiro de 2024.
Além da missão principal, o país aproveitou esse lançamento para enviar a missão XRISM (X-Ray Imaging and Spectroscopy Mission / Missão de Imagem e Espectroscopia de Raios-X), que tem como objeto principal um telescópio espacial de raios-X. Essa segunda missão tem o objetivo de investigar o gás de plasma quente do universo para desvendar como os objetos celestiais são formados, e se soltou do foguete após 14 minutos da decolagem.
Em seu perfil na rede social X, a JAXA escreveu:
“Foguete H-IIA nº 47 foi lançado com sucesso!
O satélite de imagem espectroscópica de raios X #XRISM e o pequeno demonstrador de pouso lunar #SLIM atingiram agora o tão esperado estágio.
Seu voo para território desconhecido, onde assumirão uma difícil missão, começará agora. Por favor, apoie-nos enquanto abrimos a porta para o futuro com novas conquistas e descobertas! #JAXA #Novo desafio”.
Esse ano é palco de vários lançamentos rumo à Lua, onde além desse e do bem sucedido da Índia, dois não alcançaram seus objetivos. O primeiro foi em abril com a ispace, empresa japonesa que tentou o primeiro pouso comercial na Lua, e o segundo foi em agosto com a Agência Espacial Russa, a Roscosmos, que falhou após impacto no solo lunar.
A Lua é um objetivo recorrente entre os participantes da corrida espacial porque é próxima da Terra (384,4 mil quilômetros); proporciona muitos testes de pouso; manutenção de aparelhos em ambientes extremos e possibilita o desenvolvimento de novas tecnologias espaciais por meio de análises dos dados de suas missões.
Atualmente é considerado que os líderes da corrida espacial são Estados Unidos (NASA) e China (CNSA), sendo que outros integrantes tentam se consolidar no meio, como a Rússia (Roscosmos), Japão (JAXA), países aliados da Europa (ESA) e Índia (ISRO).
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