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Tempestade solar interrompe sinais de rádio na América do Norte e cientistas alertam

Uma forte tempestade solar interrompeu os sinais de rádio e navegação na América do Norte na segunda-feira (07/08) e cientistas alertam sobre partículas de energia em direção à Terra.

Tempestade solar
Imagem: NASA

Essa erupção, batizada de X1.5, foi classificada como a 20ª mais potente do atual ciclo solar de 11 anos, que terá sua maior potência em 2024. A categoria X, pela qual ela faz parte, é a mais poderosa na classificação de erupção solar.

As erupções solares são oriundas de explosões das regiões frias e com magnetismo denso na superfície do Sol, que são as manchas solares.

Os fótons dessas explosões viajam na velocidade da luz e com isso chegam à Terra em apenas oito minutos. A radiação das tempestades solares interagem com a ionosfera da Terra, que é a região entre 80 e 650 quilômetros da atmosfera, e a sobrecarrega. Entre as consequências desse acontecimento, está a alteração dos sinais de rádio e satélite que transitam nessa região.

Como explicado pelo físico solar Keith Strong, a tempestade solar de segunda-feira causou um “blackout” de categoria 3 em uma escala de 5 pontos, criada pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA).

“O X1.5 Flare causou um evento de blecaute de rádio R3 (forte) no lado diurno da Terra (a maior parte dos EUA, Canadá e Oceano Pacífico). Frequências abaixo de 5Mhz foram as mais afetadas e os sinais de navegação degradados.”, escreveu Strong em seu perfil do X.

Essa erupção teve como origem o mais ativo grupo de manchas solares visíveis do Sol, segundo Met Office, escritório de meteorologia espacial do Reino Unido. Ele informa também que ela aconteceu dois dias depois de outra erupção X mais fraca, ocorrida no sábado (05/06).

O Met Office alertou também sobre uma tempestade solar leve causada por partículas solares carregadas na atmosfera da Terra, que são resultado das explosões solares. Em casos mais graves, essas partículas carregadas representam risco para astronautas, passageiros e tripulantes de aeronaves que viajam pelas regiões polares. Além disso, elas podem afetar satélites em órbita.

A atual tempestade solar é inofensiva, segundo o Met Office, mas o escritório informa há chances de erupções mais fortes acontecerem enquanto o grande grupo de manchas solares continuar visível. Essa região, porém, deve se esconder atrás da borda do Sol nos próximos dois dias.

Até lá, os cientistas se preparam para duas ejeções de massa coronal, que são grandes nuvens de gás magnetizado que são expelidas pelo Sol junto das explosões solares. Elas podem causar uma tempestade geomagnética, pois interagem com o campo magnético da Terra.

As tempestades geomagnéticas produzem auroras belíssimas, mas também afetam satélites ao inchar a atmosfera de nosso planeta. Em acontecimentos mais agressivos, elas podem afetar redes elétricas e de telecomunicações. Conforme informado por SpaceWeather, a próxima tempestade geomagnética pode atingir um forte nível G3.

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