A Apple foi processada em 2021 pela Masimo, empresa situada na Califórnia, por violação de duas de suas patentes sobre monitoramento de oxigênio usado nos relógios inteligentes. Em outubro deste ano, foi decidido pela Comissão de Comércio Internacional (ITC) que a Apple realmente as violou.
Após isso, o caso foi enviado à Casa Branca para revisão presidencial, com prazo de 60 dias. Esse prazo acaba dia 25 de dezembro, e caso decisão seja mantida pelo presidente Biden ou mesmo no caso dele não se manifestar, a empresa precisa parar de vender o Apple Watch 9 e o Watch Ultra 2, pois eles têm sensor de oxigênio de sangue baseados nas patentes requeridas.
Caso o veto da decisão não aconteça antes, a Apple irá interromper as vendas dos dispositivos nos Estados Unidos, sendo programado para acontecer dia 21 de dezembro em seu site e dia 24 de dezembro nas lojas físicas.
Apple tenta atualizar software para continuar vendendo os Apple Watches
A empresa informou ao Bloomberg que está tentando atualizar o sistema de seus relógios inteligentes e enviar a solução para a ITC, com intuito de que a decisão seja revertida. A Masimo, porém, não parece estar muito flexível quanto ao assunto. O CEO da empresa, Joe Kiani disse que está aberto para um acordo e completa que não acredita que uma atualização do software seja o bastante.
“Não acho que isso poderia funcionar – não deveria – porque nossas patentes não são sobre software”, disse Kiani. “Eles tratam do hardware com o software.”, informou Kiani.
Caso o caminho alegado por Kiani seja o correto, a Apple pode estar decisões difíceis para manter seus smartwatches no mercado. Isso porque mesmo que a empresa apresente mudanças de hardware para a ITC, os novos aparelhos teriam que ser fabricados. Além disso, a empresa teria que decidir o que fazer com os aparelhos que ferem as patentes e já estão fabricados.
Relação da Apple e Masimo não é boa há tempos
Segundo o Bloomberg, em 2013 a Apple cogitou comprar a Masimo e contratar Kiani para a área de recursos médicos nos smartwatches. Porém a negociação não foi finalizada e, conforme Kiani, mais de 20 engenheiros da Masimo foram contratados pela Apple. Alguns deles tiveram o salário dobrado e desenvolveram a mesma tecnologia médica em que participaram na Masimo para a Apple.
“Esta não é uma violação acidental – é uma tomada deliberada de nossa propriedade intelectual”, disse Kiani.
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